Jornal ACOMARCA

sábado, 9 de abril de 2011

Novo Horizonte, Seabra e Brotas de Macaúbas estão recebendo parques eólicos


Com um dos maiores potenciais do país para a produção de energia à partir do vento, a Bahia esta recebendo seu primeiro parque eólico, o de Novo Horizonte, que fica localizado na Chapada Diamantina, com capacidade para produzir 30 Mega Watt e previsão para entrar em operação para teste no início de maio próximo, e operação efetiva, em junho, quando haverá a inauguração. Com os complexos de Brotas de Macaúbas e Seabra, o Parque Eólico da empresa Desenvix S/A terá capacidade de 90 MW de geração de energia, através de 57 aerogeradores, distribuídos neses três parques: Novo Horizonte, Brotas de macaúbas e Seabra, que além de oferecer baixo impacto ambiental, não libera carbono na atmosfera e dispensa desapropriação de terra.

O Instituto do Meio Ambiente (IMA), através da Coordenação de Impactos Ambientais (COIMP), realizou, entre os últimos dias 29 e 31 de março, a inspeção para analisar concessão da licença de operação do primeiro Parque Eólico da Bahia. Como a fase de implantação já está concluída, o IMA realizou a inspeção para avaliar se todas as condicionantes estabelecidas para o funcionamento do parque estão de acordo com o que foi solicitado pelo órgão na Licença de Implantação (L.I.), exigências que incluem a garantia de benefícios para as comunidades locais.

O impacto na economia da região onde o parque eólico é implantado já pode ser sentido. Quatrocentos trabalhadores estão no canteiro de obras.

A energia eólica chega na Bahia num momento importante. A tragédia no Japão reabriu o debate sobre usinas nucleares. Até 2014 teremos na Bahia 34 usinas, com potencial de 977,4 MW/ano. No Brasil se consolida a instalção de parques eólicos e de todo o potencial eólico, 50% ficará no Nordeste e 15% na Bahia.

Conforme o diretor de implantação da Desenvix, Paulo Zuch, cerca de R$ 400 milhões serão viabilizados para a construção do complexo. “Recebemos apoio institucional do Estado, por meio das secretarias de Indústria e Comércio, de Meio Ambiente e da Casa Civil, na agilização dos licenciamentos de modo que pudéssemos cumprir as formalidades para execução do projeto”, disse. Ele referiu-se também aos incentivos fiscais aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

Segundo o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, os proprietários rurais são contemplados com o projeto e, diferente da maioria das usinas que estão concentradas no litoral, “a energia eólica é uma boa surpresa para a região do semiárido. Além de produzir energia, gerar emprego e renda, os projetos ainda pagam aos proprietários das áreas pelo arrendamento da terra”. De acordo com ele, cada produtor irá receber, aproximadamente, R$ 5 mil anualmente, por cada torre instalada, e outro valor semelhante por hectare de terra utilizado. O secretário explicou que, junto com o Confaz e o BNB, respectivamente, há incentivos para aquisição das torres e viabilização dos financiamentos. Segundo Correia, mais de R$ 42 bilhões deverão ser investidos em energia eólica na Bahia nos próximos anos.

Diante da vocação baiana para produção de energia eólica, em breve a Bahia também produzirá os equipamentos de ponta. A empresa espanhola Gamesa inaugura, em maio deste ano, a primeira fábrica de aerogeradores da Bahia, que está sendo implantada no Polo Industrial de Camaçari. Com investimento inicial de R$ 50 milhões, a empresa vai gerar, na primeira fase, 60 empregos diretos, com mão de obra 100% baiana.

Até 2014 a Bahia contará com mais de 34 parques eólicos que, os quais, quando estiverem em operação, terão a capacidade de geração de 977,4 MW, o suficiente para abastecer cerca de quatro milhões de residências. Segundo o secretário estadual de Infraestrutura, Otto Alencar, a Bahia tem uma perspectiva para mais de R$ 20 bilhões em investimentos na área de energia eólica.

Entre as empresas com empreendimentos no Estado, estão o Consorcio Pedra do Reino e as empresas Desenvix, Renova Energia, Brennad, Chesf, Iberdrola, Eólica Energia, Sowitec e Renova, todas contempladas nos leilões realizados em 2009 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

Além dessas, outras empresas internacionais já mostram interesse em implantar fábricas de aerogeradores, torres e componentes industriais para a nova indústria da energia produzida pelos ventos. São elas a Alstom e a Gamesa. O potencial brasileiro de energia eólica é estimado em 143,5 GW, com a Bahia gerando 14 GW, o que representa 10% do potencial nacional. No Nordeste esses percentuais são ainda maiores, 75 GW, representando mais de 50%

Nenhum comentário:

Postar um comentário