Jornal ACOMARCA

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Abaíra vai comemorar seus 52 anos de independência politica

Nesse dia 22 de fevereiro a cidade de Abaíra esta comemorando seus 52 anos de independência política. Para marcar a data em comemoração ao aniversario a Prefeitura Municipal de Abaira esta promovendo uma extensa programação, a começar pela abertura dos festejos, o tradicional jogo de futebol entre a equipe dos gordos contra os magros, o corte do bolo, apresentações musicais, festa dançante, apresentações esportivas, cavalgada.
A cidade também conhecida como “Capital das Cachaça”, ganhou independência referente à emancipação política em 1962. Vamos acompanhar um pouco a historia
Através da história do Brasil, tomamos conhecimento do que evidenciava a fundação de uma cidade no período colonial, era um marco festivo, através da implantação de um “pelourinho” para castigar escravos e os criminosos ou a celebração de uma missa.
Em Abaíra, o único testemunho que prova sua origem é a Igreja Matriz datada de 1879, hoje bastante descaracterizada de sua arquitetura inicial.
E assim começa a história. No final do século XIX, o cidadão José Joaquim de Azevedo, morador do Curralinho, recebeu de herança uma fazenda, onde passou a residir. Tal fazenda era chamada “Capoeira de Cana”, devido à grande quantidade de cana ali existente. José Joaquim de Azevedo estava vendo a necessidade daqueles que o procuravam, achou-se na obrigação de abrir um comércio de gêneros alimentícios para atender os mineradores que se deslocavam do Bom Jesus do Rio de Contas para Mucugê e também o pessoal dos arredores. Com o passar do tempo tornou-se um hábito aos domingos as pessoas procurarem a “Venda” para tomar uma boa cachaça que ali era fabricada. Foi por isso que José Joaquim de Azevedo recebeu o cognome de “Zé da Venda”.
Com o passar dos tempos muitos daqueles frequentadores da “venda” e mesmo os que passavam em busca de minérios, desejosos de se estabelecerem aqui, Zé da Venda começo a doar terras para que eles construíssem ao redor da Igreja. E assim foi crescendo um povoado com o nome de “Venda” num lugar onde era conhecido como Capoeira de Cana.
Zé da Venda era um homem muito religioso e com o crescimento dos frequentadores da venda, sentiu a necessidade de construir uma igreja. No início os atos religiosos eram celebrados numa palhoça, até que a igreja ficasse pronta. Não esquecendo que naquela época sepultavam os mortos junto á igreja, sob a proteção do Senhor, conforme era na tradição dos colonizadores portugueses.
Zé da Venda mandou construir uma igreja que logo ficou pronta no ano de 1879. Ele mandou buscar uma imagem para ser a padroeira da cidade. No dia de sua chegada (da imagem) organizou uma festa que processou no dia 2 de fevereiro de 1879. Para esta festa, foram convidados várias pessoas de outras localidades. A recepção da padroeira Nossa Senhora da Saúde, num lugar chamado Gajé.
Todos esses acontecimentos tiveram como principal patrocinador Zé da Venda. Foi realizada a 1ª Missa pelo padre da cidade de Bom Jesus do Rio de Contas, atual Piatã, o reverendíssimo padre José de Souza Barbosa, conhecido como padre Souza.
A igreja foi construída um pouco virada para o lado esquerdo. Isto é, com a frente virada para a casa de Zé da venda, de onde caso adoecesse poderia assistir à missa de sua janela. Ele era possuidor de muitos escravos, os quais ajudaram na construção da igreja, porém muito generoso, prova nos é dada pela não existência de um “pelourinho”.
José Joaquim de Azevedo se apaixonou por uma jovem de nome Ana Vitória que morava próximo dali. Todavia essa jovem gostava de um moço que residia num lugar denominado Fernando, chamado Antônio Precasso, moço que viajava com tropa e gostava de tocar violão. E com ela se casou, tendo três filhos: Antônia Amélia, Augusta e Maria Etelemina.
Zé da venda por sua vez, contraiu matrimônio com Maria Rosa com quem teve um filho de nome Antônio Vitorino Azevedo. Este seu filho casou-se com Melânia Rosa de Oliveira e tiveram três filhos: Agripino Augusto de Azevedo, Simpliciana Azevedo e Agemiro Azevedo, o último faleceu aos oito anos de idade. Já os outros Agripino e Simpliciana foram criados por seu avô paterno Zé da Venda.
Quis o destino que o seu sonho realizasse. Zé da Venda ficou viúvo e Precasso também faleceu depois de ter contraído uma febre em uma de suas viagens com tropa, deixando Ana Vitória viúva com três filhos. Então Zé da venda desposou sua amada Ana Vitória.
Com a igreja construída e a expansão do povoado foi criado o distrito de Tabocas, devido à grande quantidade de uma espécie de bambu que existia às margens do rio Taboquinha.
Pela lei municipal nº 35 de 24 de abril de 19l6 do município o qual hoje é Piatã é aprovada pela lei estadual de 9 de agosto de 1916 o distrito de Tabocas teve seu nome mudado afinal para Abaíra por Antônio ribeiro de Novais. Esse nome foi tirado de uma obra do romancista Lindolfo Rocha dos termos do tupi-guarani que havia neste livro: Aba: Abundância + Íra: Mel = Abaíra: Abundância de Mel.
Abaíra pertenceu a Piatã até o dia 22 de fevereiro de 1962, quando foi desmembrada e emancipada pela lei nº 1622 de 22 de Fevereiro de 1962.
Desde a emancipação teve oito prefeitos entre os quais João Hipólito Rodrigues (já falecido) que foi eleito por três vezes. Também os prefeitos:
José Prado Novais Filho
Eumar Pereira
Carlito Costa
Anatalino José de Azevedo
Amaury de Brito Oliveira
Edmundo Oliveira
Edval Luz Silva
João Hipólito Rodrigues Filho (atual prefeito 2009-2012)

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